14 de novembro de 2013

SALINENSE EXPERT EM CULTIVARES DE CANA-DE-AÇÚCAR

O mestre e doutor Oscar William Barbosa Fernandes é coordenador do
Curso Superior de Tecnologia de Cachaça do IFNMG - Campus Salinas. 

O trabalho do salinense mestre e doutor Oscar William Barbosa Fernandes do Instituto Federal Norte de Minas Gerais (IFNMG) - Campus Salinas, expert em cultivares de cana-de-açúcar é digno de registro no blog História de Salinas pela relevância que o assunto merece. Com suas pesquisas se tornou numa das maiores autoridades sobre o assunto. É coordenador do Curso Superior de Tecnologia de Cachaça do IFNMG em Salinas.

Em seus trabalhos de pesquisa com cultivares de cana-de-açúcar, época de plantio, e análise físico-química de cachaça nos cursos de mestrado e doutorado chegou as seguintes conclusões: 

A cana-de-açúcar na modalidade de plantio de inverno, abrangendo os meses de junho, julho e agosto, mostrou-se uma excelente opção para a região de Salinas onde a irrigação suplementar se torna imprescindível para este cultivo. Neste sistema de plantio, colhe-se a matéria-prima de “12 meses” (cana-de-ano), com excelentes indicadores de qualidade e produtividade.

Em um primeiro experimento onde o plantio ocorreu em julho, foram avaliados parâmetros de produtividade e verificou-se que a produção total por hectare aos 352 dias após o plantio foi de 256,35; 205,00; 247,5; 185,43 e 292,50 t/ha das cultivares RB72454, SP79-1011, SP80-1842, JAVA e RB765541, respectivamente.

Em um segundo experimento onde o plantio também ocorreu em julho, verificou-se a interferência da qualidade da matéria-prima em função das épocas de colheita (junho, agosto e outubro) e o tipo de variedade de cana-de-açúcar na composição físico-química das cachaças produzidas nas três épocas supracitadas.

Os resultados apresentados indicaram que a qualidade da matéria-prima das cultivares de cana-de-açúcar, RB72454, SP79-1011, SP80-1842, JAVA e RB765418, não expressaram diferenças significativas quanto ao grau de maturação dentro de cada época de colheita (junho, agosto e outubro), porém todas apresentaram nível de maturação significativamente melhor, para os parâmetros de maturação analisados (Brix do caldo, pol da cana, pureza aparente e açúcares redutores da cana) na segunda e terceira época de colheita (agosto e outubro). 

Os resultados qualitativos das análises físico-químicas por cromatografia gasosa de compostos voláteis das amostras de cachaças apontaram que o tipo de cultivar não interferiu na formação de compostos presentes na cachaça, o que não ocorreu ao avaliar os mesmos compostos por época de colheita, principalmente no que se refere à acidez volátil e álcool n-butílico. Tais substâncias apresentaram um perfil qualitativo significativamente maior na primeira época de colheita (junho) em relação às outras épocas.

Através destes estudos, pode-se atestar que a época de colheita da cana-de-açúcar é determinante para se obter matéria-prima de qualidade e que esta interfere na formação de ácidos durante o processo fermentativo, sendo importante parâmetro para a melhoria das qualidades químicas desta bebida.

Para quem se interessar sobre o assunto e queira saber mais sobre a especialidade do mestre e doutor Oscar William Barbosa Fernandes, o e-mail de contato é: oscarwbf@gmail.com.