30 de dezembro de 2009

Cachaça, riqueza econômica e cultural de Salinas

A cachaça produzida no município desde o fim do século XIX tem participação importante na economia local. Também é uma expressão cultural e histórica pelo modo de fazer dos produtores que mantém a tradição artesanal no processo de produção. Atualmente, são mais de 50 marcas e produção anual de mais de 4 milhões de litros. Algumas marcas salinenses possuem renome nacional e internacional pela sua qualidade e tradição.

Instituto Histórico e Geográfico de Salinas

Existem poucos Institutos Históricos e Geográficos no Brasil. O município de Salinas tem o seu. Em 1988 obteve o reconhecimento de utilidade pública do governo mineiro (ver lei abaixo). Infelizmente,  parece que o Instituto Histórico e Geográfico de Salinas se encontra inativo. Uma pena, pois poderia ser um irradiador da cultura salinense com a publicação de revistas sobre a história do município e região. Bem que os sócios do instituto poderiam reativá-lo. Fica a sugestão.
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LEI Nº. 9614, DE 30/06/1988

Declara de utilidade pública o
INSTITUTO HISTÓRICO E
GEOGÁFICO DE SALINAS,
com sede na Cidade de Salinas.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes,

decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica declarado de utilidade pública o Instituto

Histórico e Geográfico de Salinas, com sede na Cidade de Salinas.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de

junho de 1988.

Newton Cardoso - Governador do Estado
 
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20 de dezembro de 2009

Registro de falecimento de salinenses

11 de janeiro de 1844 - Falece na Chácara da Salina, no distrito de Santo Antônio de Salinas, o Sargento-Mor José Cardoso de Araújo. Foi integrante da 1ª. Câmara Municipal de Rio Pardo de Minas. Pouco depois, foi o 1º. Juiz de Paz do distrito de Santo de Santo Antônio de Salinas, onde residia. Furriel em 1834, Sargento-Mor, Capitão e Juiz de Órfãos várias vezes de 1837 a 1840. Teve participação importante no desenvolvimento do distrito de Santo Antônio de Salinas.

26 de fevereiro de 1854 – Falece no distrito de Santo Antônio de Salinas, no sítio da Cachoeira (Fazenda Bananal), Padre Bernardino Ferreira da Costa, filho de José Ferreira da Costa e Isabel Maria do Rosário. Nasceu em 1778 na fazenda Tabúa, em Água Quente (atual Montezuma) em 1778. Era muito rico e deixou em testamento diversos legados, mandou passar carta de liverdade a escravos e instituiu por herdeiro Vicente Ferreira da Costa. Foi sepultado na Capela de Santo Antônio de Salinas. A capela caiu em 1914 e os restos mortais foram transferidos para a Capela de Nossa Senhora da Piedade e colocados ao lado do jazigo de Cônego Benício José Ferreira, sepultado na Igreja Matriz de Salinas, a 29 de maio de 1908. Em 1935, com a demolição da Capela de Nossa Senhora da Piedade, a lousa do Padre Bernardino Ferreira da Costa retirada e depositada na Casa Paroquial dos Franciscanos.

9 de fevereiro de 1926 – Falece em Conceição do Mato Dentro, Minas, o Juiz de Direito aposentado, Bazílio da Silva Santiago. Filho de Caetano José da Silva Santiago e Maria José da Silva Maia Santiago, nasceu no dia 2 de março de 1857, na Freguesia do Sacramento da Boa Vista do Recife, Pernambuco. No dia 14 de junho de 1879 casou-se com Elvira de Morais e Silva, em Recife. Formou em Direito em Recife colando grau no dia 11 de novembro de 1882. Aos 31 de janeiro de 1883, entrou em exercício de Promotro de Justiça em Cabrobó, Pernambuco. Aos 29 de novembro de 1886, tornou-se Juiz de Direito da Vila do Calhau (atual Araçuaí, Minas). Em Rio Pardo toma posse de Juiz de Direito aos 12 de junho de 1892. Pede sua transferência para a Comarca de Santo Antônio de Salinas, concedida em agosto de 1894. Fica viúvo em 1896. Em junho de 1900 é removido para a Comarca de Januária, mas não aceita a remoção. Desejando ficar mais perto da capital mineira, permutou com o Juiz de Direito de Conceição de Mato Dentro, Dário Augusto Ferreira da Silva. O povo de Salinas tomando conhecimento de sua remoção reúne-se em frente de sua residência, numa manifestação de apreço, pede para que não saia de Salinas. Comovido com tal manifestação de apoio e amizade, diz que Salinas lhe era muito querida, pois ali se achava o túmulo de sua esposa e o berço da segunda (casara-se novamente com Melinda Ferreira Santiago). Deu-lhes permissão de em seu nome, telegrafar desistindo da permuta. Quando foi realizada a transmissão, após longa viagem a Montes Claros, estação mais próxima, o decreto de remoção já havia sido assinado pelo governador de Minas Gerais. Com isso, saiu de Salinas a cavalo com a família no dia 27 de março de 1908, chegando a Conceição do Mato Dentro no dia 21 de abril, vinte e quatro dias depois. Ali exerceu as suas funções de Juiz de Direito até 24 de junho de 1924, quando se aposentou por invalidez.

1º. de março de 1950 – Falece em Salinas, Ana Vieira de Almeida (Sinhaninha), ficando todos os seus bens para o seu esposo Bernardino Ferreira Costa (Cel. Bernardino Costa), em virtude de testamento recíproco.

26 de fevereiro de 1957 – Falece em Salinas, Dr. Manuel Agostinho de Oliveira Morais, aos 67 anos. Natural de Mariana (MG), filho de Torquato José de Oliveira Morais e Ana Florinda de Oliveira Morais. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Minas Gerais em 1924. Casou-se em Mariana com Cecília Carvalho Morais e, ficando viúvo, transfere-se para Fortaleza (atual Pedra Azul), depois para Salinas, onde se casou com Clemência Miranda de Morais, aos 12 de fevereiro de 1929. Foi advogado na região de Salinas onde prestou relevantes serviços jurídicos. Deixou viúva e filhos: Antônio Filomeno de Oliveira Morais, Ivo Miranda de Morais, Sílvia de Oliveira Morais, Célia Miranda de Morais, Murilo Morais, Maria de Lourdes Morais, Aliete Ione Morais, José Miranda de Morais, Lívia Miranda de Morais e Elmo Miranda de Morais.

28 de outubro 1973 – Falece em Belo Horizonte, o salinense Coronel Idalino Ribeiro, aos 94 anos. É considerado um dos homens mais importantes da história de Salinas em face do legado que deixou como empresário e político.

22 de dezembro de 2002 - Falece Anísio Santiago, aos 91 anos, produtor da lendária cachaça Havana-Anísio Santiago, marca ícone da cachaça artesanal brasileira. Anísio Santiago foi responsável direto pela transformação de Salinas em referência nacional na produção de cachaça artesanal de qualidade com a cachaça Havana, marca pioneira na região. Figura entre os homens mais importantes da história de Salinas em face do legado que deixou ao povo de Salinas. Deixou a esposa Adélia Mendes Santiago e os filhos Anísia Mendes Santiago, Geraldo Mendes Santiago, José Mendes Santiago, Maria do Carmo Santiago, Nilton Santiago, Oraldo Santiago e Osvaldo Mendes Santiago e muitos netos.

8 de fevereiro de 2007 - Falece em Montes Claros, aos 91 anos, Adélia Mendes Santiago, viúva de Anísio Santiago (1912-2002), produtor da famosa cachaça Havana. Foi enterrada no cemitério de Salinas no túmulo do falecido marido.

6 de fevereiro de 2008 - Falece Noé Santiago Soares, vítima de ataque fulminante, no distrito de Nova Matrona, município de Salinas. Foi produtor da cachaça Canarinha, uma das marcas mais tradicionais de Salinas. Foi enterrado no cemitério de Nova Matrona.

18 de fevereiro de 2009 - Falece João Costa, aos 81 anos, maior historiador da região de Salinas. Deixou a esposa Cleusa Corrêa Costa e os filhos Cibele, Clever, Daniele, Dida,  Hércules e Mariângela. No funeral recebeu justa homenagem do Instituto Histórico e Geográfico de Salinas.