14 de fevereiro de 2011

Disputa pela marca "Havana" completa dez anos

Patrimônio Cultural 
Imaterial de Salinas.
Por Roberto Carlos Morais Santiago

O litígio entre a família de Anísio Santiago (1912-2002), produtora da principal marca de cachaça de Salinas - a "Havana" - e o fabricante do rum Havana Club, que pertence ao grupo francês Pernot Ricad, um dos maiores produtores de bebidas do mundo, completa uma década sem solução.

Osvaldo Santiago,
sucessor de Anísio Santiago
na produção da cachaça
Havana/Anísio Santiago.
Desde 2001 a família de Anísio Santiago tenta reaver de forma definitiva a marca "Havana" que é reconhecida como uma das principais marcas de cachaça artesanal brasileira. Os herdeiros de Anísio Santiago comercializam a marca "Havana" por meio de liminar concedida pelo Juízo da Comarca de Salinas confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) desde 2005. Atualmente o litígio está na 8ª. Vara Federal em Belo Horizonte, sendo réu do processo a empresa Havana Club Holding e o Instituto Nacional de Propriedade Nacional (Inpi). O processo encontra-se em fase de sentença.

A disputa da marca "Havana" é exemplo clássico da omissão do poder público brasileiro em não proteger o produto cultural brasileiro. A cachaça é um produto genuinamente brasileiro produzido desde o século XVI - no período colonial - mas, ainda não recebeu a devida valorização que merece, infelizmente. Ao longo das últimas décadas, a cachaça Havana - que também é comercializada como "Anísio Santiago" em razão desse imbróglio - tornou-se marca ícone da legítima cachaça artesanal brasileira.

Em agosto de 2009, a cachaça Havana/Anísio Santiago foi eleita pela conceituada revista "Playboy" (edição nº. 411) como a melhor cachaça artesanal brasileira. Poucos meses depois, em fevereiro de 2010, a marca novamente foi eleita em primeiro lugar no ranking de cachaça da também conceituada revista "Veja" (edição nº. 2.152, de 17/02/2010).

O jornal Correio do Estado traz interessante reportagem onde aborda a dificuldade em reaver a marca "Havana" para quem de direito: a família de Anísio Santiago. A marca "Havana" é ícone de Salinas - reconhecida em 2006 por Decreto Municipal nº. 3.728, assinado pelo prefeito José Antônio Prates - como patrimonial cultural imaterial do município.

4 de fevereiro de 2011

Presidente Dilma ganha cachaça Havana de presente

Momento histórico - A presidente Dilma Rousseff, quando esteve em Montes Claros em outubro 2010, no processo eleitoral, ganhou de presente uma garrafa de cachaça Havana e Anísio Santiago, além de exemplar do livro O Mito da cachaça Havana-Anísio Santiago, de autoria do salinense Roberto Santiago.
Foto: Itamaury Teles

Relíquia da cachaça Havana

Relíquia histórica: nota fiscal  do produtor da cachaça Havana, emitida no dia 20 de setembro de 1965.
Anísio Santiago foi o primeiro produtor de cachaça a legalizar seu alambique com a marca Havana, em 1946.
(Imagem: Roberto Santiago)

Futebol de Salinas

Time da Escola Agrícola de Salinas, década de 1970.
Foto: Valdomiro Afonso (Mirão)

Time da zona rural do Pequi, década de 1970, em um amistoso no estádio Darcy Freire, em Salinas.
O goleiro é Osvaldo M. Santiago e o primeiro agachado à esquerda é Detão.
(Fonte da imagem: Roberto Santiago)

1 de fevereiro de 2011

João Costa, maior historiador de Salinas

João Costa, maior historiador de Salinas. 
Faleceu no dia 18 de fevereiro de 2009, aos 81 anos.
Deixou grande acervo histórico do município e região.