4 de fevereiro de 2011

Futebol de Salinas

Time da Escola Agrícola de Salinas, década de 1970.
Foto: Valdomiro Afonso (Mirão)

Time da zona rural do Pequi, década de 1970, em um amistoso no estádio Darcy Freire, em Salinas.
O goleiro é Osvaldo M. Santiago e o primeiro agachado à esquerda é Detão.
(Fonte da imagem: Roberto Santiago)

Um comentário:

Darlon Shelter disse...

Caro amigo Roberto.
Acredito que quando eu saí de Salinas em 1959, seus pais eram ainda muito jovens e nem mesmo se conheciam. Sou filho de Salinas com
muito orgulho. Viví uns tempos em Belo Horizonte e em 1963 me mudei para São Paulo capital, onde moro até hoje. É engraçado como o tempo passa rápido. E pensar que apenas há alguns anos atrás, eu costumava tomar banho no rio Salinas, ou "roubar" mangas na propriedade do "seu" Anísio Santiago, ou ir ao
Cine Teatro Salinas ver um bom filme, ou mesmo comprar o meu material escolar no Bazar Almeida. Que bons tempos! Embora de família
humilde, eu sempre andava na companhia de moças e rapazes da alta sociedade salinense daquela época. Osmane Ribeiro Júnior, César
Ladeia, Idalininho, Avelino, Odílio Ribeiro, Walfrido e seu irmão Procópio estão aí e não me
deixam mentir. Eu tinha tantos amigos influentes ou não naquela época, que é impossível lembrar de todos.
Como qualquer jovem, tive duas paixões adolescentes: Rejane Costa
e Maria José (Zezé). Esta última,
irmâ de Suzana, filhas do Dr. Calazans.
Por diversas vezes frequentei a casa do Dr. Geraldo Santana, emérito prefeito de Salinas. Sendo
quituteira de primeira linha, os doces e biscoitos que minha mãe fazia eram bem aceitos por esta
família.
Conhecí pessoalmente o velho Coronel Idalino Ribeiro e D. Naná sua esposa, como também o Dr. Clemente Medrado. Todos eles ícones
do velho PSD. Na época de eleições
o "coronel" fazia a maior festança
no seu palacete. Eleitores vinham de todos os cantos e até fora dos limites da comarca, fazendo com que fosse impossível o PSD perder.
Fiz o primário no Grupo Escolar
Idalino Ribeiro, e o ginásio no
Istituto N. Sra. Aparecida.
Ah, que saudade daquelas gentís e
pacientes freiras. Embora eu fosse
um católico praticante, não me escapavam os sábados a tarde, quando me deliciava com aqueles filmes bíblicos que passavam na Igreja Presbiteriana.
Fiz amizade e até frequentei a casa do pastor, na companhia dos seus filhos, Richard, Ronald e Ruth
Stanley Read. D. Lenore a mãe destes me tratava muito bem.
Antes deles, ainda na Igreja Presbiteriana conhecí o pastor Dr.
Wellington, e cheguei mesmo a voar no seu monomotor, juntamente com sua filha.
Lembro-me saudosamente do Dr. Oswaldo, meu primeiro professor de francês, do Dr. Costa e seu filho João Cândido. Será que este seguiu o caminho da medicina? Gostaria de um dia voltar a Salinas pra rever todo esse pessoal, ou parte dele.
João Costa, este emérito historiador, eu o conhecí ainda jovem, quando ele jogava futebol
naquele campo que ficava do outro lado do rio. Nós o chamávamos de João Caqueiro. Se não me falha a memória, ele tinha uma linda filha de nome Santusa.
Caro Roberto, eu gostaria que você
me tirasse uma dúvida: João Costa
era dono do Cine Teatro Salinas?
Me parece que ele tinha uma loja, mas sempre o via por lá na época em que trabalhei alí fazendo os cartazes dos filmes. Nessa mesma época trabalhavam lá comigo o Sr. Jovino e o Zé Pirranha. Trabalhei
também como ajudante de tipógrafo na gráfica do Abelardo Figueiredo, pai de Zilma e Luís.
Hoje aos setenta e ainda muito lúcido, me reservo o direito e o prazer da literatura e das artes plásticas.

Um abraço a todos, deste salinense
que usufruiu na infância e juventude, de tudo aquilo que esta cidade conseguiu dar de bom a este seu filho saudoso.

Contato: darlonstudio@yahoo.com.br